quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Alfaia sem dono


Ainda ouço o som do tambor, ainda ouço

Quando fecho meus olhos começo a sonhar

Que o meu maracatu vai desfilar...

Ainda ouço o som do apito, ainda ouço

E sinto as ruas lotadas ao meu redor

Os flashes, as luzes acesas para o maracatu

E a saudade não deixa o tambor parar

Quando eu fecho meus olhos, ouço ele tocar

E longe o timbau ressoa no ar

É um grito de socorro clamando

Pedindo pro Maracatu voltar

Ouçam! O timbau está chorando...

Que faço sem risos e abraços

Dos tantos que eu ganhei

Das mãos amigas, saudades,

Nostalgia.

E mais, o que faço sem o meu maracatu?

Sou rei e sou rainha sem trono,

Sou folião sem carnaval,

Sou uma alfaia sem dono.

3 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Linda!! Como tudo que tu escreve.

Bjos enormes e saudade maior ainda!

Unknown disse...

Nossa...!!
Linda demais, principalmente quando se vivencia o conto.

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