quarta-feira, 20 de julho de 2011

As Linhas do Tempo

Talvez as linhas do tempo
Tenham apagado algumas lembranças
Tenham sufocado um coração que sorria
Ou mesmo matado uma louca alegria de viver
Talvez as marcas do caminho
Tenham feito cicatrizes que nunca se apagam
E o espelho traga de volta toda dor quando se olha pra elas...
Quem sabe a estrada não era assim tão segura
E os obstáculos foram tantos
A chuva, o frio, o inverno escondendo um sol
Um céu cinzento que como uma cortina
Esconde toda uma peça de teatro que foi encenada
E a platéia agora está vazia
Já não se ouvem os aplausos
Apenas os ecos do tempo ressoando nas paredes antigas
De um velho teatro.
Quem sabe numa trilha onde se pudesse achar o paraíso
Tenha nos levado sem querer ao inferno...
E me perdi de mim, tentando me achar
Marquei os passos no chão mas esqueci que o tempo apaga
Não sei mais voltar...
Voltar onde está meu sorriso
Voltar onde existem abraços
Voltar onde estendo os braços
E grito de felicidade
Meus pés caminham
Hoje doem, têm espinhos
Eu piso como que com medo
Já não ando segura de mim
Já não durmo com cheiro de esperança
E meus sonhos são um turbilhão de vazio
E eu me pergunto
Apenas me pergunto
Onde foi que eu me perdi.

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